Hoje vamos falar do mantra Eu Sou a Alma e entender a sua importância diária para nossa conexão com a espiritualidade e as energias superiores do universo.
Este artigo segue o anterior, e trata das orações ou mantras que nos auxiliam em nossa evolução. Quem ainda não leu a primeira parte, clique aqui e entenda melhor.
Antes de tudo é necessário entender a importância dos mantras, ou orações em nossa vida cotidiana.
Um mantra consiste na repetição de sons, sons estes que auxiliam o indivíduo a alcançar um estado meditativo. Sobre meditação você pode ler outro artigo clicando aqui.
Tanto faz oração ou mantra, elas possuem a mesma função, que é de conectar nosso corpo sutil, ou Alma e expandir a nossa consciência divina.
Claro que isso tudo pode parecer muito complicado por enquanto, mas é por isso que você está aqui, para uma melhor compreensão, não é?
No fim vai perceber que é mais simples do que pensava e com certeza vai começar a praticar os mantras. Continue lendo que o terapeuta explica direitinho. Vamos lá?
Origem do Mantra Eu sou a Alma
Pra iniciarmos o entendimento é bom saber a origem desta palavra, mantra. Ela descende de duas outras palavras do sânscrito que é uma língua antiga da Índia, são elas:
Man – mente | Tra – instrumento
Sendo assim podemos entender que a palavra em questão significaria: instrumento da mente.
No sânscrito, que é uma coletânea de conhecimentos escritos e datados de mais ou menos uns 5 mil aos atrás, entendia-se que um conjunto de sons expressam uma energia.
Já esta energia produz assim um padrão vibratório sobre aquilo a que se refere.
Algo curioso é que segundo a tradição védica registra-se que os sábios conseguiam interpretar diversos tipos de sons existentes na natureza.
Bem, atualmente a ciência afirma que os padrões vibracionais de sons que escutamos possuem ondas, ao ouvirmos essas ondas elas são enviadas ao cérebro que as decodifica.
Então as ondas decodificadas são enviadas para o nosso corpo todo resultando em algum estímulo.
E é aí que a grande “mágica acontece”, todos os sons que costumamos ouvir interage de uma maneira em nosso corpo físico e mente. Por isso, instrumento da mente, o mantra é o ponta pé inicial para uma série de estímulos que causarão algum efeito em nossas vidas.
Para simplificar imagine uma série de sons confusos, gritaria, buzina de carros… eles geram irritação, tensão até raiva não é mesmo?
Da mesma maneira sons de cachoeira, chuva, pássaros cantando… geram um estado de relaxamento e tranquilidade.
Alguns desses sons utilizados em forma de repetição podem resultar em respostas físicas tais como a compaixão, amor, gratidão.
Desta forma é possível, entrar em conexão com o Ser Espiritual dos planos superiores, aí entra as orações vigentes para evolução humana. Sendo instrumentalizado pelo mantra Eu Sou a Alma, ou oração, como quiserem chamar.
As respostas físicas geradas por intermédio da oração são essenciais para o perfeito exercício da espiritualidade da humanidade.
Mantra Eu sou a Alma
Eu sou a Alma,
Eu sou a Luz Divina,
Eu sou Amor,
Eu sou Vontade,
Eu sou o Desígnio Imutável!
Em suma esta oração tem um caráter profundo de conexão e reativação da Alma com o Ser Superior.
Foi revelado à humanidade pelo Mestre Djwhal Khul através de Alice Bailey há pelo menos uns 100 anos. E tem servido de instrumento para iluminação para todo o mundo desde então.
Ele se mostra altamente eficiente quando entoado verbalmente ou simplesmente mentalizado em situações em que se faz necessário entrar em harmonia com o Divino.
Também tem a finalidade de reestabelecer o equilíbrio interno a fim de captar os desígnios da Alma e do Ser Superior, entrando em Perfeita Ordem.
Definindo o que é a Alma
Segundo os filósofos Platão e Aristóteles, que divergem um pouco em suas concepções sobre alma e corpo, mas ambos em consonância nas suas definições com o que vamos falar mais à frente.
Para Platão, “o corpo é o cárcere da alma”, ele descreveu isso em diversas afirmações, isto porque em seu entendimento o corpo físico e alma são duas partes, e o primeira seria a estrutura da segunda.
Com isso ele define que, no corpo está o mundo dos sentidos e na alma reside o mundo das ideias, sendo assim o corpo que mantém a alma separada do seu mundo original, é necessário que ele morra para libertar a alma.
Já Aristóteles não via o corpo como obstáculo para a alma, pelo contrário é a alma caracteriza a vida humana através da racionalidade, ou seja, o seu pensamento.
Ele afirmava que havia uma unidade entre corpo e alma. Sendo a alma o que caracteriza a vida humana em relação à matéria. Em sua justificativa a existência da alma é a racionalidade, inteligência e pensamento.
Ambas se afinam e estão corretas, mas com algumas ressalvas como podemos ver na alegação segundo o Mestre Choa Kok Sui a seguir.
A afirmação da Alma segundo Mestre Choa Kok Sui
O Mestre nos dá um panorama bastante explicativo sobre essa questão e ele afirma que sim, o corpo e a Alma são dois seres distintos.
Enquanto a Alma caracteriza o Ser, o Verdadeiro Eu, o corpo é o veículo para a Alma neste mundo material, contudo o corpo não é o Eu, ou seja, Anatma em Sânscrito que significa “não o Eu”, “não a Alma”.
Você pode ser perguntar: “peraí como o corpo físico que vemos não é o verdadeiro eu se eu sinto, vejo, penso e sou capaz de ter emoções?”.
Você lembra que Aristóteles afirma que a razão da vida humana é caracterizada pelo raciocínio, ou seja, a Alma?
Bem, a alma é quem produz todos esses sentimentos, pensamentos e ideias e não o corpo. Há ainda quem considere então que seria a Mente, mas também não é. Esta seria um instrumento da alma.
Tudo isso não passa de manifestações da Alma no corpo.
Para ser mais claro pense num pedreiro. Pensou?
Pois bem, este pode construir inúmeras casas, mas ele não é nenhuma delas, ele apenas é o responsável. Então os pensamentos e sentimentos são Anatma, “não o Eu”.
Corpo e Alma são seres distintos que coexistem e tem uma explicação bem bacana para melhor compreensão disso. É a partir do princípio do Yin e Yang, onde o mal está dentro do bem e vice-versa.
Então entendemos que por exemplo, assim como dentro do homem enquanto ser masculino tem dentro de si a feminilidade, e a mulher enquanto ser feminino possui dentro de si a masculinidade.
Este princípio resulta na criação e diversidade e ali dentro a unidade espiritual. Esta individualidade é inseparável. Logo, seres que coexistem dentro de uma Unidade espiritual.
É aí que chegamos ao entendimento de que não somos corpo, mente, pensamentos e emoções, e sim a individualidade do Eu.
Neste momento é possível afirmar que nos reconectamos com a unidade divina, expandir a consciência constantemente.
Este é o Verdadeiro Eu, o Atma, a Alma, também é chamado de Natureza Búdica, e sim, ele reside dentro de você.
Reconexão com o Divino pela oração Eu Sou a Alma
Vamos reativá-lo com este poderoso mantra?
Você pode entoar o mantra Eu Sou a Alma diariamente pela manhã ao acordar. Você perceberá mudanças profundas em sua vida através de uma maior consciência.
Eu costumo orientar meus pacientes a oração Eu Sou a Alma nos seguintes casos: depressão, ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional.
A repetição faz com que eles tenham maior percepção sobre seus corpos e até a agitação mental proporcionando uma maior reflexão de suas mentes.
Mestre Choa Kok Sui ensina sobre as virtudes da Alma
“Quanto mais você desenvolver suas virtudes, Quanto mais forte a sua conexão a Deus se tornará”.
Nesta afirmação ele quer falar sobre a dicotomia do bem e mal, certo e errado. E neste caso Virtude x Vício.
O Mestre Choa Kok Sui descreve 5 virtudes:
- Bondade amorosa & sem feridos
- Generosidade e não-roubar
- Percepção exata & expressão correta
- Constância de objetivo e esforço & Non-preguiça
- Moderação e não-máximo
O juízo de Virtude aqui pode ser entendido como um elemento comportamental que nos leva a deixar da prática dos vícios. Enquanto o indivíduo se afasta dele se aproxima da virtude. E por vício podemos entender hábitos não positivos dentro da humanidade.
Isso se dá pelo envolvimento na meditação e práticas espirituais. Se conectando com a consciência divina, que é pelo que a Alma anseia já que ela é um ser de inteligência, amor e poder divino.
Não é a intenção o aprofundamento na explicação de cada virtude, mas a compreensão de que elas andam em pares, e isso não é à toa.
É necessário que a energia prática da coisa não seja apenas passiva, mas tenha uma verdadeira intenção ativa. Logo não ferir os outros acaba sendo incompleta.
Para quem deseja tornar-se completamente virtuoso, além de não ferir os outros, é preciso que também pratique a bondade amorosa. Isso serve para as 4 outras virtudes.
Como fruto dessas práticas o indivíduo experimentará grandes quantidades de energia espiritual.
Pense em você como uma terra fértil que com as práticas espirituais e meditação é possível frutificar potencialmente as virtudes.
O mantra “Eu Sou a Alma” na prática
Enquanto somos somente pensamentos e emoções somos somente corpo, e por vez manifestações humanas não positivas.
Mas se somos a Alma somos parte do eu superior, exercitando a espiritualidade através de nossa humanidade e alcançando a nossa consciência divina.
E é isso que que estamos buscando hoje, não é? Um mundo mais amoroso e harmônico.
Portanto, estabeleça essa relação com a natureza e o universo através do uso das orações e mantras, se tornando virtuoso através da reconexão da mente com as energias dos planos superiores.
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